Se for odiar? Odeie-me
O bastante pra acertar um soco
Pra fazer-me desmaiar
E eu o admirarei
Eis o que me odiou
Que me nocauteou
Uniu estes fluidos
Eis o que nada acrescentará
Apenas misturou mais
Da confusão do mesmo
cólera e melancolia
Os dias são outonos: choram...choram... Há crisântemos roxos que descoram... Há murmúrios dolentes de segredos... Invoco o nosso sonho! Estendo os braços! E ele é, o meu amor, pelos espaços, Fumo leve que foge entre os meus dedos!
-Florbela Espanca-
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