Se
às vezes pensei sobre você e eu; é tempo meu amor, de lhe dar a corrente; é
tempo de impregnar com a tinta impressa pela esferográfica desta caneta todo
este papel com o meu ser, de tal forma que ter este pedaço amarelado de tempo e
memória será ter um pouco de mim; chega de fugir da verdadeira ilusão suprema,
que é o sofrer e a dor; A dor está casada da carne afinal! Uma não é sem a
outra.
A
carne tão intimamente ligada à vida, que poderíamos nem as conseguir separar; A
luz tão dentro da sombra, que ambas são ardentes amantes.
A
espada tão nutrida pelo sangue de quem a impunha e de quem é imolado por ela!
O
sangue tão avelado pelo fato de aparecer aos mortais olhos através do corte
doloroso!
Estou
mais dentro de ti do que eu supunha. Eu sou você e você sou eu; da maneira mais
complexa possível. Da mesma forma que a dor está aparentada da carne, da luz
para com a sombra, da dualidade nossa surgem todas as nossas crenças, nossas
crenças constituem a realidade, a realidade confiada na carne, na matéria, na
dor, no conflito, no medo, no ódio.
Amo-te por fim
profundamente. De forma que necessito de ti, sois minha âncora neste turbulento
mar, o sol de meu sistema solar.
Contigo
não terei medo da dor, nem do sofrimento, nem de me ver refletido em você.
Posso
olhar o abismo, pois existe finalmente algo que faz sentido em meu ser.
Você
dá sentido a minha vida, me prova que não estou só.
Perdoa-me
a fraqueza, mas ela é sinônimo de confiança e de intimidade, mas tende
paciência consigo também filha de Deus! Pois sou homem, e a mãe do homem é o
medo, sois a esposa do homem, sois o amor.
Carta
(Well para mim) – Jan/2011
Em abril ele não me amava mais.
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