Pintei a boca tão puta, pintei as patas,
Escolhi a dedo um vermelho escarlate,
Em meio a minha melhor cachaça,
Ser condenada a viver tão natalina...
Passe aqui e pendure a sua desgraça!
Sinta esse meu cheiro de borracha!
Vou inflando... Como me enche o saco!
Despido, trêmulo e mole — O que te fiz?!
Convence-me, mas não me amordaça?
Guarda teu mistério em discografia,
Digo moço, que tudo isso eu já sabia,
Trepes e não me pergunte onde enfia.
04/09/11
(Em memória de ...)
1 comentários :
Um belo poema.
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