Existe
uma relação inexplicável
Entre
meu colo e seus cabelos
Entre
a circunferência do teu céu
E
o espaço apical dos meus seios
Atraída
pro buraco entre nossos travesseiros
Vendo
tua cabeça encolhida nesse berço
Odor!
de castanha pro seu de guaraná
Oh
dias, que não sabe bem o que ali faz
Noutros,
somos crianças buscando travessos
Matar
toda a fome em busca de paz
Por
serem apoios macios, vai ficando mais
E
cada vez mais, neles eu te mergulho...
Saio
de mim, perco as forças, flutuo
Entrego
tudo a você até me esquecer
Que
só quando se sente frágil e inseguro
Capacita-se
desancorador na calmaria do cais.
(Jefferson Moura e Enia Celan)
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