A noite não tem sapos e
cigarras, é dos alarmes, que tocarão insistentes de cinco em cinco minutos... E
quanto às estrelas? — São quadradas.
quinta-feira, 23 de outubro de 2014
Dos distúrbios duma cidade grande
segunda-feira, 20 de outubro de 2014
Piracicaba
Eu com minha água cheia de estrôncio,
Na noite fresca, em frente a cervejaria artesanal, fechada.
Estudo uma angustifolia...
A moça do brinco de pérolas saltou de seu quadro,
Tirou as pérolas, descalçou-se,
Foi viver a dor como ela é.
Na noite fresca, em frente a cervejaria artesanal, fechada.
Estudo uma angustifolia...
A moça do brinco de pérolas saltou de seu quadro,
Tirou as pérolas, descalçou-se,
Foi viver a dor como ela é.
domingo, 12 de outubro de 2014
Sobre a qualidade do hipócrita
A você velho estranho, daria todo meu desprezo,
Sente-se, aguarde uma barrica de lágrimas antigas;
Espere-a deslizar pra dentro da boca, deve ser degustada com
precisão.
Pode ser uma velha-amarga amadeirada, ou uma velha-agridoce aguada,
Na melhor das hipóteses... É, põe na boca só aquilo que lhe
der vontade,
E teus palavrões serão como bênçãos...
Aquele que fez o que quis, pode chegar no final da vida
feito hipócrita,
Mas ainda assim poder dizer que viveu feliz,
E o gemido será tão colado na língua,
Quanto o néctar dos frades engana na embalagem.
sexta-feira, 3 de outubro de 2014
Erosão
Minha boca tem tantos sulcos, quanto a terra arrasada pode
ter,
Você enchente, não mais me encheu? Nem de ódio nem amor?
Arrastastes tudo que era meu, apenas volte, lave-me a fome...
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