Os dias são outonos: choram...choram... Há crisântemos roxos que descoram... Há murmúrios dolentes de segredos... Invoco o nosso sonho! Estendo os braços! E ele é, o meu amor, pelos espaços, Fumo leve que foge entre os meus dedos!

-Florbela Espanca-

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Poesia de sogra



Eu não quero ser notada; eu não mereço ser mal vista, as vistas grossas de quem pensa que chora por um motivo e é por outro, entenda que temos uma vida juntos agora, com coisas a se resolver a todo tempo, entenda que passaremos mais tempo com nosso cachorro que viverá oito anos do que com vocês que viverão mais vinte, pais. A galinha não pode alimentar o frango criado, nem a rola não deixar a rolinha voar. Joga teu filho de um precipício; que vos garanto, tem asas fortes. Devo avisar ainda; ele não cabe mais em tua barriga, não nos enforque com umbilical.

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