Os dias são outonos: choram...choram... Há crisântemos roxos que descoram... Há murmúrios dolentes de segredos... Invoco o nosso sonho! Estendo os braços! E ele é, o meu amor, pelos espaços, Fumo leve que foge entre os meus dedos!

-Florbela Espanca-

terça-feira, 13 de maio de 2014

Princesa farpada

No alto da montanha descansa
Nosso castelo rosa cravina,
Inacabado por dentro, acabado por fora,
Como leite estragado com mel...

Tens gozo de viver homem?
E pelo o que você vive mesmo?

Nos altos do baixadão descansa
A frondosa farinha seca,
A que tendo arames farpados em torno;
Resolveu os engolir.




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