quinta-feira, 1 de maio de 2014
O vizinho ex-namorado
Nossos dentes doeram no mesmo dia,
Meu lixo juntou-se ao dele pra ir embora...
Meu cachorro caga na calçada dele,
O chorume dele escorre na minha.
Abrimos o portão juntos pra ir trabalhar,
E minha cabeça se arca subitamente ao chão,
— Não, vou, tropeçar...
Nos esbarramos na biblioteca como nos filmes,
Mas minha pilha de livros não caiu,
E ele já sabia meu telefone.
Caminho, tropeço, desequilíbrio...
Por que me equilibrar em seu desequilíbrio?
Ele cheira os lírios de minha bancada,
Eu cheiro a maconha dele do meu quarto,
Não reclamarei da minha passividade...
Como um deus invisível; se fez presente.
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