Os dias são outonos: choram...choram... Há crisântemos roxos que descoram... Há murmúrios dolentes de segredos... Invoco o nosso sonho! Estendo os braços! E ele é, o meu amor, pelos espaços, Fumo leve que foge entre os meus dedos!

-Florbela Espanca-

quinta-feira, 27 de março de 2014

Poesia de mata morta

O muriqui não alcançou o buriti
Riu o lobo guará,
O bando desvairado desviou-se
O primeiro seguiu vaga-lumes,
O segundo morreu queimado,
Um terceiro por asfixia tentando salvar o segundo,
O quarto estendeu os braços e disse:
— Volta, volta, volta, pra favela do Rio!

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