Os dias são outonos: choram...choram... Há crisântemos roxos que descoram... Há murmúrios dolentes de segredos... Invoco o nosso sonho! Estendo os braços! E ele é, o meu amor, pelos espaços, Fumo leve que foge entre os meus dedos!

-Florbela Espanca-

domingo, 2 de março de 2014

Bengala


Não se atormente se eu não quiser ser sua bengala, não sou nem meu próprio ponto de apoio, também não seria seu saco de pancadas, seu álbum de figurinhas animadas... Não se atormente ainda se eu precisar dizer tudo o que penso e na hora que penso. Sentiria falta de um certo pirata se pudesse sentir... Pois não venha pra cá em busca de felicidade, eu nunca tive isso pra te dar, eu sou o erro, a viagem sem volta, a lágrima descontida em pessoa. Vem, joga pedras em meu casco e pede pra que eu não saia? Não arrume coisas pra fazer sem vontade... Já me basta essa vida curta, preenchida de letras ingênuas.  

( X texto não selecionado)  

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